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Fdeandrea Atividade Física e Saúde

domingo, 13 de junho de 2010

Estresse


O termo stress, cunhado originalmente em inglês (em português, estresse), deriva do latim stringere e significa apertar, cerrar, comprimir Houaiss et al. (2001), embora o seu conceito tenha sido primeiramente descrito por Hans Seyle, em 1956, que o definiu como sendo, essencialmente, o grau de desgaste total causado pela vida.
Estresse pode ser definido como um estado de tensão que causa uma ruptura no equilíbrio interno do organismo, ou seja, um estado de tensão patogênico do organismo. O desequilíbrio ocorre quando a pessoa necessita responder a alguma demanda que ultrapassa sua capacidade adaptativa Everly (1990).
A fonte de tensão pode ser externa ao próprio organismo, como uma exigência de algo ou alguém, ou interna, exemplificada como uma autodemanda, ou autocobrança Lazarus e Folkman (1984).
Os primeiros estudos sobre stress na área da saúde foram realizados na década de 1930, por Hans Selye, que definiu a reação do stress como “uma síndrome geral de adaptação na qual o organismo visa readquirir a homeostase perdida diante de certos estímulos”.
Como nos define Lipp e Malagris (1995), Selye (1974) redefiniu o termo stress como “resposta não específica do corpo a qualquer exigência”.
O stress pode ser definido como: “uma reação do organismo, com componentes físicos e/ou psicológicos, causada pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando a pessoa se confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite ou confunda, ou mesmo que a faça imensamente feliz” Lipp & Malagris ( 2001).
Os estudos de Selye (1965) o levaram a concluir que o processo do stress é constituído de três fases: alerta, resistência e exaustão. A primeira fase - alerta – acontece no momento em que a pessoa se depara com a fonte estressora e, nesse enfrentamento, se desequilibra internamente, apresentando sensações características, tais como sudorese excessiva, taquicardia, respiração ofegante e picos de hipertensão. A segunda fase – resistência - caracteriza-se por uma tentativa de recuperação do organismo após o desequilíbrio sofrido na fase anterior. Nesse momento ocorre um gasto de energia que pode ocasionar cansaço excessivo, problemas de memória e dúvidas quanto a si próprio Caso o equilíbrio não seja readquirido por meio dessa mobilização, o processo pode evoluir para a terceira fase - exaustão -, quando ressurgem sintomas ocorridos na fase inicial, no entanto, com maior agravamento Lipp & Malagris (2001).
Importante ressaltar que na fase de exaustão ocorre um grande comprometimento físico que pode se manifestar em forma de doenças Lipp & Novaes (1996).

1.Houaiss, Antônio, Villar, Mauro de Salles, Franco, Franscisco Manoel de Mello. In: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva Ltda, 2001.
2.Lazarus R, Folkman S. Stress, appraisal and coping. New York: Springer Publishing Company; 1984.
3.Selye, H. . The stress of life. Nova York: McGraw-Hill, 1956.
4.Lipp, M. E. N., & Malagris, L. E. N. Manejo do estresse. In B. Range (Org.), Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e problemas (pp.279-292). Campinas: Ed. Psy II, 1995.
5.Lipp, M. E. N., & Novaes, L. E. Mitos & verdades: o stress. São Paulo: Contexto, 1996.  

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